quinta-feira, 25 de abril de 2013

Quinua, a toda poderosa!


Cultivada nos Andes há milênios, é um dos alimentos mais completos do mundo e vem conquistando o paladar nacional. Conheça as propriedades desse fantástico grãozinho.


Outro grande diferencial do grão boliviano é a presença dos aminoácidos metionina e lisina, típicos de alimentos de origem animal como carne e ovos. “Esses dois aminoácidos estão relacionados ao desenvolvimento da inteligência, à rapidez de reflexos e a funções como a memória e a aprendizagem”, observa a nutricionista Gabriela Guerreiro, de São Paulo. Trata-se de uma grande vantagem para os vegetarianos, mais precisamente os vegans, que não consomem nenhum alimento de origem animal. Ainda assim, atenção: a quinua não pode ser considerada como substituta desses alimentos porque não contém a vitamina B12, como é o caso do leite, do ovo e do queijo, além da própria carne. A deficiência dessa vitamina pode provocar danos severos e muitas vezes irreversíveis para o sistema nervoso ao longo do tempo. “A quinua é um excelente complemento alimentar, mas não substitui a carne e seus derivados”, reforça o nutrólogo Edson Credidio.
Portanto, se você é vegan, leve isso em conta ao elaborar a sua dieta.


A quinua também é uma boa fonte de triptofano, aminoácido ligado à produção de serotonina no cérebro, responsável pela modulação do humor, pela disposição e bem-estar. “Por isso, é provável que o consumo regular ajude a espantar a fadiga e a depressão”, diz Gabriela.



Não contém glúten
A quinua é livre de glúten, lembra Credidio. Isso significa que os celíacos — pessoas com intolerância às proteínas presentes no glúten — finalmente podem saborear pães, tortas e bolos feitos com farinha de... quinua! “O sabor do pão feito de quinua não é muito diferente daquele preparado com trigo, só a consistência é que muda um pouco”, diz a nutricionista Danielli Botture. É questão de habituar-se.

E, para quem pensa que o alimento é muito calórico, uma boa notícia: ele contém quase a mesma quantidade de calorias do arroz. Cada 100g de quinua crua têm 374 calorias, contra 350 calorias do arroz integral cru.

Aliás, por ser rica em fibras (mais até que o arroz integral), o consumo de quinua ajuda a aumentar a sensação de saciedade durante as refeições, melhora o funcionamento intestinal e favorece no controle dos níveis de colesterol, glicemia e triglicérides no sangue. Ou seja, pode ser um grande aliado para quem quer emagrecer com saúde.


EM GRÃO, FARINHA, FLOCOS...
Nutricionalmente, não há diferença entre o grão, a farinha ou os flocos de quinua — embora o grão seja preferível por não sofrer nenhum tipo de processamento. Aprenda a melhor maneira de preparar o alimento em:

GRÃOS — o ideal é deixar de molho por algumas horas e cozinhar em água já fervente, no fogo baixo, por 15 minutos. “Fica mais saboroso se o sal for adicionado depois do cozimento”, ensina o nutrólogo Edson Credidio. Pode ser misturado nas saladas, sopas e risotos ou servido com molhos. Cozido, dura até três dias na geladeira;

FLOCOS — polvilhe em sopas, no iogurte, na salada de frutas e em vitaminas naturais;

FARINHA — pode ser usada como os flocos ou servir como base para pães, biscoitos, macarrão etc.
Nos supermercados e em lojas de produtos naturais já existem barrinhas de cereais e macarrão feitos com quinua, ambos orgânicos e da marca Quinua Real.


Mais energia 
A composição nutricional da quinua a torna um alimento perfeito para ser consumido por atletas antes e depois de exercícios físicos intensos. “Por ter baixo índice glicêmico, os carboidratos da quinua são metabolizados mais lentamente, garantindo uma reserva de energia necessária durante o esforço físico. E, graças aos aminoácidos, ela ajuda a reparar o tecido muscular após o treino”, explica Gabriela Guerreiro.

Além de não ter nenhuma contraindicação, é um excelente alimento para crianças, que necessitam de um aporte maior de proteínas e carboidratos saudáveis durante a fase de crescimento. Por isso, é recomendada pela Academia Americana de Pediatria.



fonte: 
http://revistavivasaude.uol.com.br/saude-nutricao/61/artigo88322-2.asp/ em 25/04/2013 às 15h20.

Nenhum comentário:

Postar um comentário