Com o calor intenso da temporada de verão, os consumidores devem redobrar os cuidados com alimentos e também quanto à conservação de medicamentos, que podem ter o efeito alterado devido às altas temperaturas que provocam uma rápida proliferação de bactérias no meio ambiente.
Para evitar contaminações e efeitos adversos, a Diretoria de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde faz orientações básicas para que o período de férias seja saudável. Em relação aos alimentos, os cuidados devem começar na hora da compra. O consumidor deve estar de olho nas condições de higiene, organização e limpeza de supermercados e demais estabelecimentos. Não compre alimentos que apresentam embalagens sujas, rasgadas, estufadas, amassadas ou enferrujadas. A data de validade precisa vir impressa de forma clara e visível na embalagem. Os produtos com datas de validade mais recentes devem ser consumidos em primeiro lugar.
Também é preciso verificar se os alimentos são conservados adequadamente. Na compra de itens congelados, é preciso que estes estejam duros ao toque e sem acúmulo de líquido. Já os alimentos refrigerados precisam estar bem frios. Produtos de origem animal, com carnes e leite, devem obrigatoriamente possuir o Selo de Inspeção Federal (SIF), Estadual (SIE ou SIPE) ou Municipal (SIM).
Na hora de consumir – Principalmente nas praias, os consumidores devem observar quais são os vendedores ambulantes e quiosques que têm autorização para o comércio ambulante. Esses estão devidamente autorizados pela Vigilância Sanitária do município a vender os produtos, recebendo orientações prévias para a atividade sobre as boas práticas de manipulação. Deve-se evitar a compra de produtos clandestinos, como por exemplo, o do queijo coalho, que muitas vezes está armazenado em recipientes sem isolamento térmico, expostos ao calor intenso à beira mar. Em bares e restaurantes, a observação da limpeza do ambiente, do uniforme dos atendentes e até mesmo da limpeza das unhas são indicativos importantes das condições de higiene desses estabelecimentos.
Em casos de indisposição, vômitos, dor de barriga e diarréias, a pessoa provavelmente contraiu uma doença transmitida por alimento – DTA. Nesse caso, o médico deverá consultado no menor espaço de tempo possível.
Na hora de preparar – Para um preparo seguro dos alimentos, é primordial que a pessoa que irá manipular os alimentos, como a carne para o churrasco, esteja com as mãos bem limpas. Para isso, não basta abrir a torneira e deixar a água escorrer. É preciso esfregar bem as palmas das mãos com água e sabão e também os vãos dos dedos. Também é aconselhável o uso de uma escovinha para limpar bem as unhas.
Os alimentos, principalmente carnes de gado, aves, peixes e ovos, devem ser bem cozidos. Verduras, legumes e frutas precisam ser lavados com água potável, antes do consumo. Um alimento cozido pode ser contaminado por outro cru, por isso a tábua e demais utensílios devem ser lavados antes de serem usados em alimentos cozidos. Também é aconselhável o uso de panos de prato limpos. Os armários onde são guardados os alimentos devem estar sempre limpos, para evitar o surgimento de ratos e baratas.
Medicamentos
Os medicamentos deverão sempre estar guardados em local arejado, sem umidade, longe do sol ou de outra fonte de calor. Por isso, não é aconselhável guardar por longos períodos medicamentos no porta-luvas do carro, por exemplo, para evitar alterações na composição química dos mesmos.
Já a automedicação nunca é um hábito saudável, pois não há prescrição, orientação e acompanhamento pelo médico ou dentista. Os riscos de tomar medicamentos por conta própria ainda é mais perigoso para bebês, grávidas, mulheres que estão amamentando e entre os idosos. Nunca se deve tomar medicamentos em frente às crianças, pois elas tendem a imitar os adultos, sem noção do risco que estão correndo. Plantas medicinais e produtos homeopáticos também possuem efeitos colaterais e contra-indicações, e só devem ser ingeridos sob orientação médica.
